Protocolo de bronquiolite viral aguda na criança

Abstract

A melhoria contínua na qualidade e segurança da assistência é o principal dever de todos os profissionais da saúde envolvidos no cuidado ao paciente. Principalmente diante de um cenário de epidemia, onde a sazonalidade de vírus respiratórios nos períodos chuvosos e frios, compromete a saúde das crianças e sobrecarrega os serviços de saúde. É indispensável que toda assistência à saúde seja atualizada, padronizada e baseada nas melhores evidências científicas disponíveis, de forma que, a construção de instrumentos como protocolos, fluxogramas e guias, ajude no manejo, minimize a ocorrência de danos para o paciente, desvios na execução de tarefas e variações da forma de realização da condução e procedimentos. Este protocolo foi desenvolvido de forma coletiva e surgiu da necessidade de ajudarmos pediatras e intensivistas na melhor tomada de decisão clínica diante de crianças com bronquiolite viral aguda (BVA). A ideia foi entender a evolução natural da doença e como cuidar desses bebês desde a emergência à unidade de terapia intensiva pediátrica e orientações após a alta. Esse produto técnico foi proposto pelo Programa de Mestrado Profissional em Cuidados Intensivos do IMIP, mas, fruto do empenho de docentes, discentes e egressos da Pós-graduação stricto sensu do IMIP em parceria com intensivistas pediátricos de uma empresa privada que é responsável pelo atendimento das UTIs do Hospital Esperança Recife (PEDCARE - Empresa de Serviços de Assistência Pediátrica e Neonatal LTDA). Foi inicialmente feita uma revisão de literatura no Pubmed dos últimos 10 anos com os termos: Bronquiolite viral, Lactentes, Unidades de Terapia Intensiva Pediátrica, Serviço Hospitalar de Emergência. Após isso, houve uma reunião interdisciplinar com especialistas onde foram realizados ajustes, sugestões e atualizações no documento. Diante desse cenário, esse protocolo foi desenvolvido com o objetivo de facilitar o manejo da assistência em lactentes com BVA. Esperamos que este documento colabore com o processo de trabalho e auxilie a prática clínica, estimulando o raciocínio, a tomada de decisão e as intervenções, contribuindo para avanços na assistência à criança grave.