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dc.contributor.authorMaia, Ines de Oliveira Afonso-
dc.date.accessioned2019-09-06T15:35:12Z-
dc.date.available2019-09-06T15:35:12Z-
dc.date.issued2014-
dc.identifier.urihttp://higia.imip.org.br/handle/123456789/219-
dc.description.abstractIntrodução: pacientes com câncer são vulneráveis à toxicidade decorrente de quimioterapia, no entanto, existem poucos dados para identificar àqueles que estão sob risco. Devido à baixa seletividade dos quimioterápicos, os tecidos sadios são afetados em variada proporção, ocasionando reações adversas com diferentes graus de toxicidades e repercussões que variam desde o adiamento do tratamento ao óbito. Objetivos: identificar fatores associados à toxicidade decorrente de reações adversas ao tratamento quimioterápico e avaliar o grau de toxicidade > 3 como preditor de internamento, adiamento, abandono, suspensão de tratamento ou óbito. Métodos: coorte prospectivo, com amostragem por conveniência de 126 pacientes em tratamento quimioterápico ambulatorial no Serviço de Oncologia do Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira IMIP em Recife, Pernambuco. Entre julho/2012 e janeiro/2013, foram incluídos pacientes com idade &#8805; 18 anos que estivessem iniciando tratamento quimioterápico ambulatorial e excluídos aqueles com diagnóstico concomitante de mais de um tipo de câncer, quimioterapia prévia há menos de um ano, radioterapia concomitante, doença ativa no sistema nervoso central e esquema quimioterápico com duração de três ciclos > 6 meses. Os pacientes foram entrevistados antes do início do tratamento e após o término de cada ciclo (1º, 2º e 3º). Foram aplicados formulários de perfil clínico e epidemiológico e sobre consequências e grau de toxicidade das reações adversas. Para avaliar o grau de toxicidade utilizou-se o Common Toxicity Criteria CTC, versão 2.0/2002. Os dados foram analisados no Stata 12.1. Utilizaram-se os testes de Cochran, qui quadrado de Pearson e exato de Fisher. Para a análise multivariada foi realizada a regressão de Poisson, estimando-se os riscos relativos (RR) brutos, ajustados os respectivos intervalos de confiança de 95% e os níveis de significância, onde as variáveis que obtiveram valor p < 0,20 na análise univariada participaram da análise multivariada. Para todos os testes foi considerado p < 5%. Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos do IMIP, protocolo número 2983-12. Resultados: todos os pacientes apresentaram alguma reação adversa. A frequência de grau de toxicidade > 3 foi de 39,7%. Não houve diferença estatística entre os três ciclos em relação à taxa de ocorrência de grau de toxicidade &#8805; 3, no entanto, o grau > 3 motivou mais internamentos (p=0,001), suspensão (p=0,014), adiamento do tratamento (p<0,001) e óbito (p=0,024). Nenhum paciente abandonou o tratamento. O performance status 2 nos ciclos 1 (p<0,001) e 2 (p=0,025) e o estadiamento IV no ciclo 3 (p=0,028) foram as variáveis que evidenciaram associação estatisticamente significativa com a ocorrência de grau de toxicidade > 3 decorrente de reações adversas. Quando estudadas variáveis anteriores ao 1º ciclo de quimioterapia, a superfície corpórea < 1,69m² associou-se à ocorrência de grau de toxicidade > 3 (p=0,023) e à ocorrência de anemia (p=0,044) e de plaquetopenia (p=0,006) de qualquer grau. O clearance de creatinina < 50mL/min esteve associado à anemia (p=0,032), o IMC < 18,5kg/m² à plaquetopenia (p=0,012), os linfócitos < 1500/mm³ à leucopenia (p=0,017), os neutrófilos < 3100/mm³ à neutropenia (p=0,002) e leucopenia (p<0,001), todos de qualquer grau de toxicidade. Os neutrófilos também foram associados à neutropenia com grau > 3 (p=0,007). Hemoglobina inicial < 10g/dL esteve associada à anemia com grau > 3 (p<0,001), plaquetas < 150.000/mm³ (p=0,028) à neutropenia com grau > 3 e leucopenia (p=0,006) de qualquer grau. Conclusões: cerca de 40% dos pacientes tiveram grau de toxicidade &#8805; 3, motivando mais internamento, suspensão/adiamento do tratamento e óbito. Houve relação do grau de toxicidade > 3 com o performance status 2 e estadiamento IV. Dentre as associações entre as consequências das reações adversas e as variáveis anteriores ao 1º ciclo, a que se mostrou significativa foi entre suspensão do tratamento e o clearance de creatinina < 50mL/min. A única variável anterior ao 1º ciclo que se associou à ocorrência de reações adversas com grau de toxicidade > 3 foi a superfície corpórea < 1,69m². As variáveis associadas à ocorrência de anemia foram superfície corpórea < 1,69m², clearance de creatinina < 50mL/min, hemoglobina < 10g/dL e linfócitos < 1500/mm³. As que se associaram à plaquetopenia foram superfície corpórea < 1,69m² e IMC < 18,5kg/m². Aquelas associadas à leucopenia foram a contagem inicial de linfócitos < 1500/mm³, neutrófilos < 3100/mm³ e plaquetas < 150.000/mm³. Estas duas últimas variáveis também se associaram à neutropenia. Palavras-chave: assistência ambulatorial; neoplasias; quimioterapia; toxicidade de drogas.pt_BR
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.subjectAssistência Ambulatorialpt_BR
dc.subjectNeoplasiaspt_BR
dc.subjectEfeitos Colaterais e Reações Adversas Relacionados a Medicamentospt_BR
dc.titleFatores associados à toxicidade do tratamento quimioterápico ambulatorial: um estudo de coortept_BR
dc.higia.programMestrado Profissional em Cuidados Paliativospt_BR
dc.higia.tipoDissertaçãopt_BR
dc.higia.pages83 fpt_BR
dc.higia.orientadorCaminha, Maria de Fatima Costa-
dc.higia.areaCuidados paliativos em saúde no ciclo vitalpt_BR
dc.higia.pesqEstudos clínicos, epidemiológico e translacionais de doenças e agravos que necessitam de cuidados paliativospt_BR
Aparece nas coleções:Mestrado Profissional ­Cuidados Paliativos associado à Residência em Saúde

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