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dc.contributor.authorRocha, Michelle Carolina Garcia da-
dc.date.accessioned2019-10-14T14:10:01Z-
dc.date.available2019-10-14T14:10:01Z-
dc.date.issued2018-
dc.identifier.urihttp://higia.imip.org.br/handle/123456789/283-
dc.description.abstractINTRODUÇÃO: apesar das recomendações da Organização Mundial da Saúde quanto ao aleitamento materno exclusivo (AME), sua duração ainda não corresponde às práticas consensuadas. Além disso, poucos estudos longitudinais se propõem a retratar a amamentação. OBJETIVO: descrever a prática do AME em crianças assistidas pela Estratégia Saúde da Família (ESF) do II Distrito Sanitário de Saúde (DSS) de Maceió/AL, enfatizando sua ocorrência, duração e os aspectos envolvidos no desmame precoce. MÉTODOS: o estudo foi do tipo coorte prospectivo, realizado no período de setembro de 2014 a junho de 2016 no II DSS de Maceió/AL, que possui cinco comunidades com uma população estimada de 25.000 habitantes assistidos pela ESF. Foi excluída uma comunidade pela reconhecida insegurança para os pesquisadores face à temerária situação de violência local. Foram incluídos todos os pares de mães/filhos notificados pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) em visitas às famílias ou demandas da população usuária dos serviços. Após convidadas e devidamente informadas sobre seus objetivos e procedimentos no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), as mães que aceitaram participar da pesquisa receberam visitas quinzenais dos pesquisadores. Na primeira e na última visita, foram aplicados questionários distintos para registro dos dados informativos, compondo sequências de informações que se encerravam com o desfecho (interrupção do AME) ou não se interrompia quando as crianças continuavam mamando exclusivamente até o ponto referencial de 180 dias. Os dados foram tabulados em dupla entrada em planilhas do Microsoft Excel, validados no Epi Info 3.5.2 e analisados no Programa Stata 12.1. A análise dos fatores de risco à interrupção do AME foi realizada por meio da regressão de Cox, estimando-se as razões de riscos (RR) brutas, ajustadas, os respectivos intervalos de confiança de 95% e os níveis de significância. As variáveis eleitas para a análise multivariada de Cox foram as que na análise univariada obtiveram um valor p < 20%. As curvas de duração do AME, do uso da chupeta e da mamadeira e do incentivo ao AME foram obtidas utilizando o procedimento de Kaplan Meier (análise de sobrevida). O teste Logrank foi utilizado para comparar as curvas da duração do AME segundo o uso de chupeta, uso de mamadeira e do incentivo ao AME. Para fins estatísticos foi considerado o valor p < 5%. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNCISAL (CAAE 30574614.7.0000.5011). RESULTADOS: das 259 notificações de crianças nascidas, obteve-se a participação de 225 mães (ou seja, 90% do universo de nascidos vivos). Na avaliação descritiva dos resultados, demonstra se que 31,1% das mães eram adolescentes, enquanto 48,4% tinham de 20 a 29 anos de idade. Cerca de ¼ das mães participava de trabalhos remunerados, 77% viviam com companheiro, 24,9% tinham renda familiar média mensal de R$ 895,00 reais, integrando as classes sociais mais baixas (D e E) da categorização da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisas (ABEP) em 2014, e 37% das moradias estavam ligadas à rede pública de abastecimento de água. Cerca de 99% das mães realizaram pré-natal, e apenas 21% das mães receberam licença maternidade na gestação e nascimento de seus filhos. A duração mediana do AME foi de 31 dias, com intervalo interquartil (P25 e P75), respectivamente, de 15 e 72 dias. Apenas 4,3% das crianças alcançaram a meta da OMS, sendo amamentadas de forma exclusiva até seis meses de vida. Na avaliação analítica dos resultados, evidenciou-se que dos 17 grupos de variáveis explanatórias usados na composição do painel compreensivo do desfecho, três se mantiveram no modelo final como fatores de risco à interrupção do AME: o uso de chupetas (p = 0,007) e mamadeiras (p < 0,001) e a falta de incentivo durante o AME (p = 0,031). CONCLUSÕES: conclui-se que no contexto das comunidades de Maceió/AL, apesar da oferta de ações básicas de saúde disponibilizadas pela ESF, as práticas de AME, representadas na coorte, acham-se muito defasadas em relação às recomendações da OMS de se alcançar seis meses de idade apenas se alimentando com leite materno. Esta inversão dos resultados idealizados para todas as crianças e a realidade de seu alcance deixa dimensionado o grande esforço a ser desenvolvido pelos profissionais e instituições que, em diferentes setores, tem o encargo de promover o aleitamento materno como uma estratégia de marcante prioridade de ação pública e privada. Em seu papel de atuar como porta de entrada do sistema público de saúde, a ESF situa-se na linha de frente desta demanda. Na realidade, considerando as respostas oferecidas pelas 225 mães da coorte, a contribuição do setor saúde e circunstâncias disponibilizadas pelas comunidades locais podem até ser consideradas como satisfatórias em relação aos papéis de sua competência. É provável que os baixos valores encontrados da duração do AME, bem como a prevalência muito baixa de casos que mantém a exclusividade da amamentação aos seis meses, se deva ao método analisado na pesquisa (estudo de coorte), com visitas quinzenais aos pares mãe/filho. Ressalta-se, ainda, uma maior fidedignidade da incidência do desmame para uma escala de dias enquanto a coleta de dados nos modelos diferenciais de estudos de prevalência de corte transversal detectam medidas na escala mensal, ou seja, o mês mais próximo ao evento desmame. Sem dúvida, os estudos de coorte, com a indicação de incidência, são bem mais precisos que os de corte transversal, com a leitura em prevalência. Como em termos de lógica epidemiológica os dois métodos produzem resultados distintos, ressalta-se a razão de se atribuir mais precisão ao método de coorte, na avaliação da duração da sequência temporal do AME.pt_BR
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.subjectaleitamento maternopt_BR
dc.subjectatenção primária à saúdept_BR
dc.subjectestudos longitudinaispt_BR
dc.titleAvaliação descritiva e analítica do aleitamento materno exclusivo em populações assistidas pela estratégia saúdeda família em Maceió/AL: um estudo de coortept_BR
dc.higia.programDoutorado em Saúde Integralpt_BR
dc.higia.tipoTesept_BR
dc.higia.pages112 fpt_BR
dc.higia.orientadorBatista Filho, Malaquias-
dc.higia.areaMétodos e técnicas de diagnóstico e tratamentopt_BR
dc.higia.pesqEpidemiologia dos problemas do crescimento e desenvolvimento, alimentação e nutriçãopt_BR
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