Avaliação do perfil epidemiológico e das complicações pós-operatórias nos pacientes pediátricos portadores de doença de hirschsprung tratados no Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP)

Abstract

OBJETIVO: Avaliar epidemiologia, técnica cirúrgica e complicações pós- cirúrgicas de pacientes tratados com Doença de Hirshsprung (DH) no Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP). MÉTODOS: Foi realizado um estudo descritivo, retrospectivo, transversal, realizado em pacientes pediátricos portadores de DH submetidos à cirurgia de correção no IMIP no período de 01 de janeiro de 2013 até 31 de dezembro de 2017. Foram coletadas informações que avaliavam: sexo, antecedentes pessoais (Trissomia do cromossomo 21, anomalias genitourinárias, anomalias cardiovasculares), antecedentes familiares de DH, presença de retardo na eliminação de mecônio, distensão abdominal, vômitos e enterocolite de hirschsprung. Assim como a realização ou não de enema opaco e biópsia intestinal durante a investigação diagnóstica. O estudo se desenvolveu através do preenchimento de formulários de acordo com os dados colhidos nos prontuários desses pacientes. RESULTADOS: Entre os 43 pacientes analisados, 30 (69,8%) foram submetidos ao procedimento cirúrgico definitivo. Destes, 70% foram submetidos à técnica cirúrgica de Duhamel, e 30% à De la Torre-Mondragón. A porcentagem de pacientes que obtiveram complicações pós-cirúrgicas nas duas técnicas foi igual, 66,7%. Dos 30 pacientes que passaram pela abordagem cirúrgica, apenas 1 foi a óbito no pós-operatório imediato, os outros pacientes obtiveram alta hospitalar. CONCLUSÃO: Observou-se que não há diferença significativa na incidência de incontinência fecal, constipação intestinal, enterocolite e abscessos cavitários utilizando as técnicas de Duhamel e De La Torre- Mondragón para o tratamento de DH em pacientes pediátricos. Concluímos também que os pacientes submetidos à cirurgia de Duhamel são mais velhos que os submetidos à técnica de De La Torre-Mondragón no dia da cirurgia definitiva. E por fim foi visto que os pacientes tratados com a Técnica de De La Torre-Mondragón obtiveram uma recuperação pós-operatória mais rápida tendo o desfecho de alta hospitalar mais precocemente que os tratados com Duhamel.