Perfil epidemiológico de pacientes com câncer de mama atendidas no serviço de mastologia do Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira e o estadiamento no momento do diagnóstico.

Abstract

Objetivos: Descrever o perfil epidemiológico das mulheres atendidas no serviço de mastologia do Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP) e o estadiamento do câncer de mama no momento do diagnóstico. Método: estudo transversal realizado no serviço de mastologia do IMIP em Recife, PE, no período de agosto de 2017 até Julho de 2018 com 272 mulheres com câncer de mama no período de 2013-2015. Foram coletadas dos prontuários as variáveis sócio-demográficas e clínicas (tipo histológico do tumor, estadiamento no momento do diagnóstico) e armazenadas em planilhas Excel®. Os dados foram analisados pelo programa Stata 12. Foi realizada a análise da frequência relativa e absoluta das variáveis. A associação entre o comprometimento axilar à palpação e pelo exame ultrassonagrafico foi avaliada pelo teste de associação do quiquadrado de Pearson, adotando o nível de significância de 5%. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do IMIP e foi solicitado dispensa de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados: as mulheres encontravam-se principalmente na faixa etária de 50 a 59 anos (30,6%) e aproximadamente metade informou exercer atividade remunerada (51,2%); 57 mulheres (25,7%) declararam ter concluído o ensino médio e em relação à raça/cor, 146 mulheres declaram-se pardas (73,7%). Entre os tipos histológicos, 211 (81,2%) eram carcinoma ductal invasivo e 9 (3,5%), carcinoma lobular invasivo. Em relação ao estadiamento, 78 (47%) estavam entre estadio IIA e IIB, seguindo de 52 (31,3%), entre IIIA e IIIB. Houve associação entre o comprometimento axilar na palpação e no resultado do exame de USG (p<0,001). Conclusão: O perfil epidemiológico das pacientes atendidas no IMIP se assemelha ao perfil das mulheres de outras regiões do país. Os estadios iniciais ao momento do diagnóstico ocorreram em aproximadamente 50% dos casos, um bom percentual quando comparado a outras regiões do Brasil, mas ainda aquém do esperado para países desenvolvidos.