Uso de substâncias psicoestimulantes por estudantes de uma faculdade especializada em saúde no estado de Pernambuco

Abstract

Objetivo: Verificar a incidência do uso de psicoestimulantes em acadêmicos de uma instituição de ensino do nordeste especializada em saúde. Métodos: Estudo transversal prospectivo e descritivo, com base na análise de formulário desenvolvido pelos autores do projeto, respondidos por 641 estudantes dos cursos de enfermagem, farmácia, fisioterapia, nutrição e medicina. Resultados: Dentre o total de 641 estudantes que fizeram parte do estudo, 66,41% informaram já ter feito uso de alguma substância psicoestimulante e 33,65% afirmam fazer uso regular. Destes, 96% referiam uso de cafeína, guaraná em pó e bebidas energéticas. 8% dos estudantes referiram uso regular de metilfenidato, 12% de nicotina e 5,9% usam outras substâncias. Dentre os cursos, medicina representou 50% dos estudantes que referiram uso regular do metilfenidato, nutrição 28,6%, seguidos dos cursos psicologia, enfermagem e farmácia. 63,8% dos que fazem uso regular tem como motivação melhorar desempenho, manter-se acordado ou aumentar atenção. Dos usurários regulares de metilfenidato, 27,3% não tem acompanhamento profissional e todos referiam obter através de prescrição médica. Conclusão: Houve comprovação da hipótese do demasiado uso de substâncias psicoestimulantes pelos universitários. Acredita-se na necessidade da promoção de conhecimento acerca do uso consciente destas substâncias, bem como apoio pedagógico no planejamento de estudos das grades curriculares e atividades diárias, afim de reduzir uso de tais substâncias de forma indiscriminada. Diante do exposto, torna-se imprescindível frisar a importância de acompanhamento profissional concomitante ao uso de metilfenidato.