Prevalência e evolução de sintomas psicóticos em pacientes com indicação de transplante hepático no IMIP: um estudo transversal

Abstract

Objetivo: Avaliar a prevalência e evolução de sintomas psicóticos em indivíduos antes e após o transplante hepático. Metodologia: Estudo descritivo transversal, realizado no Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira – IMIP em Recife. Foi utilizada a Escala para Avaliação de Sintomas Positivos (SAPS) e um questionário sociodemográfico. Resultados: Participaram do estudo 45 pacientes, todos foram avaliados no pré-transplante, entretanto, destes, apenas 4 foram avaliados após o procedimento. A idade média foi de 56,1 anos, sexo masculino (75,6%), pardos (53,3%), casados (53,3%), procedentes de Recife (47,7%), católicos (66,7%), com ensino fundamental incompleto (37,8%), afastados das atividades laborais (51,1%), sem doenças crônicas (53,3%). Não houve referência a sintomas psicóticos antes da doença hepática. Após a doença, 2,2% apresentaram tais sintomas. Os escores da SAPS não obtiveram resultados significativos, os itens proeminentes foram: Alucinação auditiva (4,4% leve), Alucinações somáticas (2,2% questionável, 2,2% acentuada), Comportamento agressivo/agitado (4,4% questionável, 2,2% leve) e Comportamento repetitivo/estereotipado (2,2% questionável, 4,4% leve). Na avaliação pós-transplante (n=4), apenas os itens Delírio de perseguição e Comportamento agressivo/agitado (n=1 cada) foram pontuados com presença questionavel. Conclusão: O estudo corrobora com a literatura internacional, de prevalência infrequente de sintomas psicóticos no cenário de pré e pós-transplante hepático, entretanto, compreender essa problemática auxiliará a equipe na promoção de atenção integral e intervenções precoces.