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Campo DCValorIdioma
dc.contributor.authorSouza, Alex Sandro Rolland-
dc.contributor.authorFernandes, Afra Suassuna-
dc.contributor.authorVanderlei, Lygia Carmem de Moraes-
dc.contributor.authorCosta, Aurélio Antônio Ribeiro da-
dc.contributor.authorFerreira, Ana Laura Carneiro Gomes-
dc.contributor.authorDubeux, Luciana Santos-
dc.contributor.authorBraga, Cynthia-
dc.contributor.authorCabral Filho, José Eulálio-
dc.date.accessioned2022-05-31T19:43:42Z-
dc.date.available2022-05-31T19:43:42Z-
dc.date.issued2021-
dc.identifier.urihttp://higia.imip.org.br/handle/123456789/695-
dc.description.abstractAtingindo, na terceira semana de outubro/2020, a marca de mais de 40 milhões de casos confirmados associada ao assustador número de 1.119.431 mortes, 1 a emergência da COVID-19 impôs acentuadas mudanças nos hábitos de vida da população mundial. Desde as medidas preventivas básicas, como o distanciamento social, a higiene frequente das mãos com água e sabão ou álcool a 70% e o uso de máscaras faciais, até medidas preventivas rigorosas obrigatórias, como o total fechamento de uma determina área, conhecida como lockdown.2,3 Apesar de estas iniciativas serem dirigidas ao bem estar da população, ocasionaram profundas repercussões econômicas, sociais (lazer, religiosa e trabalho), de acesso à educação escolar e ambientais, que causaram sofrimento psíquico para a maioria da população, independentemente da idade, escolaridade ou nível socioeconômi-co.4,5 Com a declaração da pandemia por um agente infeccioso desconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), além da gravidade potencial da COVID-19, houve a necessidade premente de desenvolvimento de pesquisas e a divulgação dos dados em tempo recorde por meio do livre acesso, de forma facilitada e gratuita, das novas informações à toda população e aos gestores da saúde,para a condução de práticas e políticas públicas com máxima coerência e ética. Consequentemente, observou-se uma explosão no número de publicações em um curto espaço de tempo. Apenas a título de exemplo, em pouco mais de nove meses após a primeira publicação sobre o SARS-CoV-2, já existiam 3.541 pesquisas registradas no Clinical Trails e foram publicados mais de 100.000 artigos, de acordo com busca realizada na COVID-19 global literature on coronavirus disease, uma base de dados desenvolvida pela OMS. 6 Se por um lado esta iniciativa permitiu a difusão rápida do conhecimento, lamentavelmente teve alguns efeitos negativos. O anseio por esta divulgação deu origem a várias publicações de dados de estudo com menor rigor metodológico, como por exemplo, relatos de casos, uma vez que a COVID-19 já não é mais considerada rara ou inusitada. Da mesma forma, pesquisas com tamanho amostral restrito, artigo de opinião de especialistas e até mesmo algumas fraudes também povoaram o cenário científico. Essa necessidade urgente por novas informações e a constante atualização das evidências descobertas por meio de diretrizes nacionais e internacionais gerou muita ansiedade no meio acadêmico e na população em geral, com controvérsias sobre a eficácia de algumas drogas para tratamento ou prevenção, o prognóstico da doença, intervenções e medidas preventivas básicas e o desenvolvimento das vacinas. Muitas dessas pesquisas foram publicadas em formato pré-print, portanto antes mesmo de serem revisadas por pareceristas ad hoc, fato que deveria ser analisado com cuidado, principalmente quando se trata de publicações científicas. Esse problema foi evidenciado quando um artigo publicado necessitou ser retirado pelos editores, após se concluir, por meio de auditoria, que se tratava de fraude. 7 Assim, conclui-se que, apesar da necessidade desse processo de publicação ser ágil é indubitável, torna-se essencial considerar o rigor metodológico na execução e descrição dos resultados e a transparência em todas as fases do processo para que as publicações científicas sejam importantes ferramentas na tomada de decisões dos gestores da saúde pública em âmbito global. O Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP), desde 1960, é uma instituição de saúde que atua na assistência, ensino, pesquisa e extensão, e nessa pandemia tornou-se unidade de referência no atendimento a pacientes com a COVID-19 em todas as faixas etárias e grupos populacionais. Além de assistir pacientes acometidos pela doença, o IMIP apoia a realização de diversas pesquisas institucionais ou em parceria com outras instituições nacionais e internacionais. Assim, reconheceu também a necessidade de participar da divulgação do conhecimento, facilitando a publicação de pesquisas brasileiras, particularmente da região Nordeste do Brasil. Dessa forma, e em parceria com a Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil (RBSMI), o IMIP apoiou um número especial sobre a COVID-19, com a colaboração e empenho do conselho editorial. Trata-se de um número mais diversificado, extrapolando o escopo materno infantil habitual da revista, aceitando artigos das diversas áreas de atuação. Ressaltamos a importância da idoneidade da revista a qual não priorizou os artigos da instituição. Todos os pareceres foram realizados por pesquisadores capacitados, onde foi emitida uma declaração de conflito de interesse, justificando que apesar de serem funcionários do IMIP, todas as avaliações foram emitidas por pare-ceristas ad hoc. A necessidade da convocação desses revisores foi de extrema importância, pois tivemos um número de artigos submetidos acima do esperado, e necessitávamos de agilidade nos pareceres para o aceite ou rejeição dos artigos. Foram recebidas pesquisas de várias modalidades, pontos de vista, artigos originais, relatos de caso, revisões sistemáticas ou narrativas, artigos especiais e informes técnicos, os quais foram selecionados seguindo todos os processos editoriais habituais da revista, incluído o mínimo de dois pareceristas por artigo a ser avaliado. Destacamos que a recusa de artigos neste número se manteve em mais de 80% no mesmo nível dos artigos recebidos regularmente. Agradecemos a todos os que submeteram artigos e também a toda equipe editorial e de revisores, atores indispensáveis para a realização desse projeto. Àqueles autores que submeteram artigos e que não foram contemplados para este número especial da RBSMI, esperamos que o fato não os desestimule e contamos sempre com sua valiosa colaboração para a submissão dos manuscritos de suas novas pesquisas.pt_BR
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.subjectCOVID-19pt_BR
dc.subjectPesquisapt_BR
dc.titleTransparência na pesquisa e publicações sobre a COVID-19 = Transparency in research and publications on COVID-19pt_BR
dc.higia.programArtigos científicos colaboradores IMIPpt_BR
dc.higia.tipoArtigo Científicopt_BR
dc.higia.pages3 p.pt_BR
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