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dc.contributor.authorMelo, Jéssica Menezes Gomes-
dc.date.accessioned2023-04-25T17:21:13Z-
dc.date.available2023-04-25T17:21:13Z-
dc.date.issued2022-
dc.identifier.urihttp://higia.imip.org.br/handle/123456789/922-
dc.description.abstractIntrodução: o acometimento crônico pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) aumenta a suscetibilidade a patógenos exógenos, sendo a sífilis uma das infecções mais prevalentes nos portadores dessa condição. Em Pernambuco, semelhante ao que ocorreu no Brasil, houve um aumento importante do número de casos de sífilis adquirida nos últimos anos, tendo a sua capital, Recife, apresentado taxas de detecção da doença superiores à média nacional. Apesar de a sífilis adquirida ser doença de notificação compulsória desde 2010, informações a respeito de sua coinfecção com HIV não fazem parte da coleta sistemática do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Da mesma forma, não constam dados dessa coinfecção nas fichas de notificação e investigação de HIV/Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), não sendo possível, através desse sistema, realizar uma avaliação adequada das tendências ou prevalência desse agravo. Objetivos: determinar a frequência e o perfil clínico-epidemiológico da coinfecção por HIV e sífilis, em ambos os sexos, em um serviço de atenção especializada no nordeste do Brasil no período de 2015 a 2020. Métodos: foi realizado um estudo transversal, retrospectivo, com caráter analítico, utilizando os prontuários de pacientes maiores de 18 anos, de ambos os sexos, portadores de HIV, cadastrados no Hospital-Dia do Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP) de 2015 a 2020. Foram encontrados 1.111 indivíduos soropositivos cadastrados no período citado, e, para determinar a frequência da coinfecção por HIV e sífilis, foram identificados os pacientes que preencheram os critérios de diagnóstico para sífilis adquirida, totalizando 171 pacientes portadores dessa condição. Os dados foram apresentados com sua distribuição em tabelas de frequências para as variáveis nominais, bem como medidas de tendência central e dispersões para as variáveis numéricas. Na comparação entre as médias de amostras independentes, foi utilizado o teste de Welch. Para verificar a existência de associação, foram utilizados o Teste Qui-Quadrado e o Teste Exato de Fisher, quando necessário, para as variáveis categóricas. Todos os testes foram aplicados com 95% de confiança. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos do IMIP sob o CAAE nº. 39890720.4.0000.5201. Resultados: a frequência da coinfecção foi de 15,4%. A idade média foi de 34,2 (±11,0) anos, sendo 57,9% homens, 47,8% casados ou em união estável, 82,2% pardos, 88% provenientes da Região Metropolitana do Recife e 73,3% em situação de pobreza ou extrema pobreza. A maior parte (52,1%) era heterossexual, relatava praticar sexo anal (73,3%) e era tabagista (52,4%), além de que 48,8% tinham o hábito de ingerir bebida alcoólica e 29,5% de usar drogas ilícitas não injetáveis. Quanto à sífilis, a maioria foi diagnosticada na fase latente (64,5%) e 39,1% dos indivíduos tinham história prévia da doença. A média do tempo de diagnóstico do HIV foi de 4 (± 3) anos, estando 66,1% dos pacientes assintomáticos, com última carga viral indetectável (64,1%) e último CD4 maior que 350 células/mm³ (74,2% ). Na comparação entre os gêneros, houve diferença estatisticamente significativa em relação à média de idade (36,9 vs 31,3, p = 0,001) e à média de idade do primeiro coito (16,6 vs 14,7, p = 0,007), e também em relação ao estado civil (p < 0,001%), escolaridade (p < 0,001%), ocupação (p < 0,001%), renda mensal (p = 0,032), orientação sexual (p < 0,001%), prática de sexo anal (p = 0,001%) e uso de drogas ilícitas (p = 0,026%). Quando comparadas aos homens, as mulheres eram mais novas, iniciaram a vida sexual mais precocemente, tinham uma menor escolaridade e renda e usavam mais drogas ilícitas, além de pertencerem mais ao grupo dos heterossexuais, dos casados/união estável e dos desempregados. Por outro lado, eles praticavam mais sexo anal. Conclusão: encontrou-se alta prevalência de coinfecção por HIV e sífilis no serviço, sobretudo em homens que fazem sexo com homens (HSH), aumentando a necessidade de melhorar o rastreamento dessas doenças e o aconselhamento dos pacientes a fim de diminuir o comportamento de risco. ABSTRACT: Introduction: chronic HIV involvement increases susceptibility to exogenous pathogens, with syphilis being one of the most prevalent infections in people with this condition. In Pernambuco, similarly to what happened in Brazil, there has been a significant increase in the number of cases of acquired syphilis in the last years, with its capital, Recife, presenting detection rates of the disease above the national average. Although acquired syphilis has been a compulsory notification disease since 2010, information about its coinfection with HIV is not part of the systematic data collection of the Notifiable Diseases Information System. Likewise, there is no data on this coinfection in the HIV/AIDS notification and investigation form, and it is not possible, through this system, to carry out an adequate assessment of the trends or prevalence of this disease. Objectives: to determine the frequency and the clinical-epidemiological profile of HIV and syphilis co-infection in both genders in specialized care services in Northeast Brazil from 2015 to 2020. Methods: a cross-sectional, retrospective and analytical study was conducted, using the medical records of patients over 18 years of age, of both sexes, with HIV, registered at the Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP) Day Hospital from 2015 to 2020. There were 1.111 seropositive individuals registered in the aforementioned period, and, to determine the frequency of HIV and syphilis co-infection, patients who met the diagnostic criteria for acquired syphilis were identified, totaling 171 patients with this condition. The data were presented with their distribution in frequency tables for the nominal variables, as well as measures of central tendency and dispersion. In comparing the means of independent samples, the Welch test was used. To verify the existence of association, the Chi-Square Test and Fisher's Exact Test, when necessary, were used for categorical variables. All tests were applied with 95% confidence. The study was approved by the Human Research Ethics Committee of IMIP under CAAE number 39890720.4.0000.5201. Results: the frequency of co-infection was 15.4%. The mean age was 34.2 (±11.0) years, being 57.9% men, 47.8% married or in a stable relationship, 82.2% brown, 88% from the Metropolitan Region of Recife and 73.3% in poverty or extreme poverty. Most (52.1%) were heterosexual, reported having anal sex (73.3%) and were smokers (52.4%), in addition to that 48.8% having the habit of drinking alcohol and 29.5% of using illicit non-injecting drugs. In relation to syphilis, most were diagnosed in the latent phase (64.5%) and 39.1% of individuals had a previous history of the disease. The mean time of HIV diagnosis was 4 (± 3) years, being 66.1% of the patients asymptomatic, with an undetectable last viral load (64.1%) and a last CD4 load greater than 350 cells/mm³ (74.2 %). When comparing genders, there was a statistically significant difference in terms of mean age (36.9 vs 31.3, p = 0.001) and mean age at first sexual intercourse (16.6 vs 14.7, p = 0.007) and in relation to marital status (p < 0.001%), education (p < 0.001%), occupation (p < 0.001%), monthly income (p = 0.032), sexual orientation (p < 0.001%), anal sex (p = 0.001%) and use of illicit drugs (p = 0.026%). When compared to men, women were younger, had their first sexual intercourse earlier, had lower education and income and used more illicit drugs, in addition to belonging more to the heterossexual, married/stable union and unemployed group. On the other hand, men had more anal sex.. Conclusion: a high prevalence of HIV and syphilis coinfection was found in the service, especially in men who have sex with men, increasing the need to improve the screening of these diseases and the counseling of patients in order to reduce risk behavior.pt_BR
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.subjectHIVpt_BR
dc.subjectSífilispt_BR
dc.subjectSíndrome de Imunodeficiência Adquiridapt_BR
dc.titleCoinfecção por HIV e sífilis no nordeste do Brasil: uma avaliação entre os gênerospt_BR
dc.higia.programMestrado em Saúde Integralpt_BR
dc.higia.tipoDissertaçãopt_BR
dc.higia.pages112 p.pt_BR
dc.higia.orientadorAlencar, Luiz Cláudio Arraes de-
dc.higia.coorientadorSouza, Edvaldo da Silva-
dc.higia.pesqDST e AIDS/Estudos epidemiológicos, clínicos e cirúrgicos na saúde do adultopt_BR
Aparece nas coleções:­Mestrado em Saúde Integral

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DISSERTAÇÃO FINAL COM FICHA CATALOGRÁFICA DA MESTRANDA JÉSSICA MENEZES GOMES MELO2.48 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir    Solictar uma cópia


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